Escrevo a Carta de hoje inspirado em uma série de trocas de mensagens nos grupos temáticos de nossa especial comunidade 🔥 TrenDs News 🚀, que está cada vez maior e mais consolidada. A “bola da vez” é a tal da “IA” e uma grande parte das conversas focou em se – e quando – a inteligência artificial vai superar a humana. Da estimativa inicial de 2045, já tem gente apostando em 2026…Então resolvi falar um pouco a respeito e até tracei um paralelo com uma estória da esposa do imperador romano Julio César… 😱

Bora lá???

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O campo da inteligência artificial (IA) é uma fonte de debates estimulantes entre especialistas e futuristas. Eles estão particularmente interessados na singularidade, um momento teórico em que a IA se tornará superior à inteligência humana. A diversidade de opiniões e visões sobre este assunto é fascinante e abrangente.

E nas discussões que mencionei nas primeiras linhas da carta, veio à minha cabeça a frase “À mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta”, que reflete a importância da percepção na sociedade da época. No caso de César, a aparência de integridade era tão importante quanto a integridade real, talvez até mais, porque a reputação de sua esposa afetava diretamente sua própria reputação e, por extensão, sua capacidade de governar.

Agora, vamos traçar um paralelo com a inteligência artificial. À medida que a IA se torna cada vez mais sofisticada, chegamos a um ponto em que ela pode parecer ter superado a inteligência humana em muitos aspectos. No entanto, assim como no caso de César e sua esposa, a questão não é apenas se a IA realmente superou a inteligência humana, mas se ela parece ter superado. 😌

Para muitas pessoas e para muitos propósitos, a aparência de superinteligência pode ser suficiente. Se uma IA pode realizar tarefas complexas, resolver problemas e responder perguntas de maneira indistinguível de um humano, então, para todos os efeitos práticos, ela pode ser considerada superinteligente, mesmo que não tenha consciência ou compreensão verdadeira. E acredito que a quantidade de pessoas desta categoria irá aumentar exponencialmente.

No entanto, assim como no caso de César, a aparência pode ter consequências. Se confiarmos demais na aparência de inteligência da IA, podemos nos encontrar em situações problemáticas, como tomar decisões com base em conselhos de IA que parecem inteligentes, mas que na verdade não compreendem completamente a complexidade e a nuance da situação.

Então, assim como César precisava que sua esposa parecesse honesta, nós, como sociedade, precisamos que a IA pareça inteligente. Mas também devemos estar cientes de que a aparência não é tudo e que devemos sempre questionar e verificar a verdadeira capacidade e compreensão da IA.

E se você quer saber a minha opinião, eu acho que no futuro – nada distante – não será realmente fácil diferenciar se a inteligência artificial realmente superou a humana. E, mais do que isto, acredito que não fará muita diferença se, na verdade, ela parecer que superou. Talvez voltemos a conviver com aquele velho jargão “Me engana que eu gosto…” 😏

Mas reflexões já provocadas, vou explicar um pouco o que está rolando neste mundo da IA que nem sempre é fácil de entender…

Existem, fundamentalmente, duas categorias de IA: a IA fraca (ou estreita) e a IA forte (ou geral). A primeira é a que interage conosco em nosso cotidiano, como as assistentes virtuais Alexa e Siri, e os motores de busca, como o Google. A IA fraca é especializada em tarefas específicas, mas não possui uma cognição geral semelhante à humana. Já a IA forte, que ainda é teórica, será capaz de desenvolver consciência e capacidades de decisão comparáveis, ou até superiores, às humanas. Em teoria, uma vez alcançada a IA forte, as máquinas não dependerão mais de programação humana para pensar e agir [1].

No entanto, o termo “IA geralmente fraca” usado no artigo do Metaculus se refere a um sistema de IA que é capaz de realizar qualquer tarefa intelectual que um humano possa fazer, mas ainda não é superior à inteligência humana em todas as áreas. Isso é diferente da “IA forte” ou “IA geral”, que se refere a um sistema de IA que não apenas pode realizar qualquer tarefa intelectual que um humano possa fazer, mas também tem a capacidade de superar a inteligência humana.

Avanços recentes estão expandindo os horizontes do que a IA é capaz. A Microsoft, por exemplo, criou uma arquitetura de software chamada LongNet, que pode ser uma virada de jogo na IA. O LongNet consegue processar 1 bilhão de tokens ao mesmo tempo, um número 250.000 vezes maior que o ChatGPT, modelo de linguagem que processa 4.096 tokens por vez. Isso sugere que o LongNet pode processar em torno de 750 milhões de palavras simultaneamente, contra cerca de 3.000 do ChatGPT. Tal capacidade tem implicações significativas para o futuro da IA 😮 [4].

Explicando melhor, o Microsoft LongNet é um projeto inovador que busca aprimorar a forma como os modelos de linguagem lidam com conversas ou textos longos. Imagine que você está lendo um livro muito longo ou navegando por uma série de páginas na Internet. O LongNet é projetado para lidar com essa quantidade massiva de informações, como se estivesse lendo um livro inteiro ou toda a Internet de uma só vez. 👏

Uma das principais características do LongNet é algo chamado “atenção dilatada”. Isso significa que ele pode se concentrar em mais partes de uma conversa à medida que ela se alonga. Isso ajuda a tornar os cálculos menos complicados e faz com que cada parte da conversa dependa menos das outras.

Além disso, o LongNet é versátil. Ele é bom tanto em lidar com conversas longas quanto com tarefas de linguagem mais gerais. Isso significa que ele pode ser facilmente combinado com outras ferramentas que também usam a tecnologia Transformer, uma tecnologia popular usada para processar dados sequenciais, como linguagem natural ou fala.

O LongNet também é rápido e independente. Ele pode fazer cálculos rapidamente e cada parte da conversa depende pouco das outras. Isso o torna uma ferramenta útil para treinar o sistema a lidar com conversas muito longas.

Apesar de ainda estar em fase de pesquisa, o LongNet sinaliza um passo importante em direção à criação de uma inteligência artificial mais avançada. Ele tem o potencial de lidar com tarefas muito grandes de uma só vez, como ler milhares de revistas médicas. Isso nos dá uma visão do futuro, onde a inteligência artificial pode superar as capacidades humanas e mover-se em direção à inteligência geral artificial. [8]

E falando em previsões, as do inventor e futurologista Ray Kurzweil são especialmente fascinantes: tendo sido parte integrante do Google, responsável por novos projetos que envolviam aprendizado de máquinas e processamento de dados, Kurzweil tem uma visão privilegiada do futuro tecnológico. Ele previu acontecimentos como a dissolução da União Soviética, a interface de assistentes digitais em smartphones, e sistemas de realidade virtual aumentada. Dos 147 prognósticos publicados em seus livros de 1990, 1999 e 2005, 115 se materializaram tal como ele previu [3].

Kurzweil prevê a singularidade para o ano de 2045, baseando-se na Lei de Moore e na suposição de que a tecnologia, incluindo a IA, está crescendo exponencialmente. Ele acredita que, em 2029, a IA passará no teste de Turing, demonstrando pensar como um humano. Kurzweil também previu que os humanos alcançarão a imortalidade em 2031, por meio do avanço em pesquisas de genética, nanotecnologia e robótica 🫢. Ele espera que robôs microscópicos sejam capazes de reparar células e tecidos danificados que se deterioram com a idade, tornando-nos imunes a doenças como o câncer [5]. O inventor acredita que, em 2045, veremos humanos “atualizados” e “carregados” se tornando normais, e a IA superará a inteligência humana, transformando-se na forma de vida mais inteligente na Terra, alterando para sempre a história [3].

Todavia, o rápido avanço da IA tem consequências tangíveis no mundo atual. De acordo com a Stability AI, a maioria dos desenvolvedores de softwares terceirizados na Índia poderá perder seus empregos em dois anos devido ao rápido crescimento e adoção da IA [7]. Ainda na mesma linha, um relatório recente sugere que a automação pode tornar-se responsável por cerca de 85% dos trabalhos atuais: os postos de trabalho afetados vão desde motoristas até escriturários de escritório. Isso sublinha a necessidade de se adaptar e se requalificar para as profissões do futuro, uma vez que a IA começa a assumir mais tarefas anteriormente realizadas por humanos. [6].

Está claro que apesar desta e de outras tecnologias ajudarem demais a humanidade, sempre existem alguns efeitos colaterais que precisam ser considerados. Quanto às previsões mencionadas,  não às considere como algo exato e sim como projeções de futuros possíveis, que podem nos servir de guias…Lembre-se que elas dependem de inúmeros fatores incertos, como avanços tecnológicos, questões éticas e regulatórias, e a possibilidade de desafios técnicos inesperados. Além disso, ainda existem muitas perguntas não respondidas sobre o impacto da singularidade na sociedade e como nos adaptaríamos a essa mudança.

Veja só, para finalizar este artigo provocando profundas reflexões 🤔💭, o que eu adoro…😅… Segundo o site Metaculus, a IA forte poderia ocorrer já em 2026 🚀 🚀 🚀, o que indica que as previsões sobre a singularidade estão se tornando cada vez mais urgentes, espelhando o avanço acelerado da tecnologia de IA [2].

E você? Quando você acha que a Inteligência Artificial irá superar a Humana? Ou não acredita nisto? Estou curioso em saber…Poste sua opinião nos campos de comentários deste artigo.

Espero que a minha Carta de hoje tenha trazido muitas novidades e gerado muitas reflexões. Aliás, se você quer contar comigo para, identificarmos juntos dores reais da sua organização e desenvolvermos soluções – principalmente tecnológicas – que possam ajudar a melhorar os resultados do seu negócio, mande uma mensagem para renatograu@innovision.com.br ou por qualquer um dos meus canais. 😉

Lembre-se que, “Futuro não se espera, futuro se constrói”. Conte comigo e com o time da Innovision para construir o da sua organização!

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Referências:

[1] Bernard Marr. “What Is The Difference Between Weak (Narrow) And Strong (General) Artificial Intelligence (AI)?”. Disponível em: https://bernardmarr.com/what-is-the-difference-between-weak-narrow-and-strong-general-artificial-intelligence-ai/

[2] Metaculus. “Date weakly general AI is publicly known”. Disponível em: https://www.metaculus.com/questions/3479/date-weakly-general-ai-is-publicly-known/

[3] Awebic. “Especialista em tecnologia faz 147 previsões para o futuro – e 86% delas já se concretizaram!”. Disponível em: https://www.awebic.com/ray-k

[4] Brazil Journal. “Microsoft desenvolve o LongNet, modelo 250.000 vezes mais poderoso que o ChatGPT”. Disponível em: https://braziljournal

[5] Época Negócios. “Humanos alcançarão a imortalidade em oito anos, afirma ex-engenheiro do Google famoso por acertar previsões”. Disponível em: https://epocanegocios.globo.com/mundo/noticia/2023/03/humanos-alcancarao-a-imortalidade-em-oito-anos-afirma-ex-engenheiro-do-google-famoso-por-acertar-previsoes.ghtml

[6] LinkedIn. “Automation could take over 85% of current jobs”. Disponível em: https://www.linkedin.com/posts/endritrestelica_ai-artificialintelliegence-machinelearnig-activity-7086377695101497344-H7UK

[7] CNBC. “Most outsourced coders in India will be gone in 2 years due to A.I., Stability AI boss predicts”. Disponível em: https://www.cnbc.com/2023/07/18/stability-ai-ceo-most-outsourced-coders-in-india-will-go-in-2-years.html

[8] All Things Windows. Microsoft LongNet oferece transformadores de IA de bilhões de tokens, apontando para superinteligência em potencial https://windows.atsit.in/19629/