Análise dos Sinais e Tendências de Tecnologias Emergentes e Inovações Disruptivas na Europa – e como aplicar isto na sua empresa?

Olá, líderes visionários! 😉

Ao nos aproximarmos do fim deste trimestre, é que começamos a esboçar os planos para o próximo ciclo. Em um mundo cada vez mais volátil e incerto, a capacidade de antecipar tendências e adaptar-se a inovações disruptivas torna-se crucial. Afinal, quem não quer estar um passo à frente?

Recentemente, tive acesso a um relatório fascinante, fruto da parceria entre o Centro Comum de Investigação da Comissão Europeia e o Conselho Europeu de Inovação (EIC). O projeto, intitulado “ANTICIPINNOV”, mergulha profundamente nas tecnologias emergentes e inovações que estão moldando o futuro da Europa.

O que me chamou a atenção foi a abrangência deste estudo. Ele compartilha 106 sinais e tendências em diversas áreas , com base em análises de relatórios produzidos tanto por entidades públicas quanto privadas. O propósito? Aprimorar a capacidade de inteligência estratégica da EIC, garantindo que os investimentos em inovação sejam direcionados para as áreas mais promissoras . 🔍🚀

Agora, vamos ao que interessa: quais são essas áreas? O relatório categorizou os sinais e tendências em três macroáreas:

  • Digital & Indústria (43%): englobando produtos digitais, espaço, logística e mobilidade.
  • Verde (35%): focando em energia, agricultura, alimentação e construção.
  • Saúde (22%): abrangendo setores como saúde, farmacêutica e biotecnologia.

Dentro destas categorias, tecnologias inteligência como artificial, engenharia genética e internet das coisas se destacaram . Por exemplo, a engenharia genética tem um papel crucial na área da Saúde, enquanto a Inteligência Artificial é uma força motriz tanto na área Digital & Indústria quanto na Verde. 🧬🌐💡

Mas, por que isso é relevante para nós? Bem, os gestores do programa do EIC não estão no centro deste turbilhão de inovação. Eles lideraram equipes de pesquisadores e inovadores, gerenciando projetos que têm o potencial de redefinir o futuro da Europa . Eles não apenas financiam, mas também orientam e desafiam esses projetos para maximizar seu impacto.

E aqui fica uma reflexão que quero deixar: se eles podem fazer isso em uma escala continental, por que não podemos aplicar essa abordagem em nossas organizações? Está na hora de olharmos para o futuro com olhos de inovadores e abraçarmos as oportunidades que estão surgindo.

E então, preparado para liderar a transformação em suas empresas?

Mas antes vamos entender um pouco mais dos resultados do trabalho europeu, falando sobre conexões e tendências?

📋🔍 No quadro abaixo estão distribuídos os 106 sinais e tendências relevantes para os portfólios dos gerentes de programa do EIC. E adivinhe? Muitos desses sinais e tendências estão interligados a mais de um portfólio.

A figura abaixo ilustra como os sinais e tendências compartilham conexões com os portfólios de PM.

Veja a figura acima e imagine um mapa mental, onde cada nó representa um sinal ou tendência e as linhas representam as conexões com os portfólios de PM. Neste mapa, dois clusters se destacam: um relacionado à energia e tecnologia verde e outro à saúde. Mas, atenção! Essas sobreposições não indicam redundância. Elas podem sinalizar sinergias ou até mesmo lacunas a serem preenchidas. Por exemplo, há uma convergência clara entre soluções de biotecnologia e dispositivos médicos. E também entre energia verde e eletrônica. Faz todo o sentido, concorda? 🤝

Alguns portfólios de PM têm conexões mais variadas, abrangendo áreas como eletrônica responsável, tecnologias da cadeia alimentar e tecnologia quântica. E há sinais que ainda não estão associados a nenhum portfólio, como Metaverso, Low-code & No-code e Armazenamento de dados baseado em DNA.

E aqui vai um ponto crucial: algumas tecnologias, embora ligadas aos portfólios de PM, parecem não ter um “dono” definido. Estou falando de Realidade Virtual, Levitação Magnética e Videogames, por exemplo. E há domínios que não estão claramente cobertos, como Logística e Mobilidade e Educação e Treinamento.

O que o EIC deve fazer com essas informações? Uma opção é adaptar os portfólios de PM existentes ou criar novos. E aqui entra uma reflexão: será que os portfólios de PM devem ser mais específicos ou abrangentes? Deveriam focar em áreas de aplicação ou em campos tecnológicos?

Para ilustrar, destaco as cinco principais tecnologias e inovações de todos os sinais e tendências: Inteligência Artificial, Engenharia Genética, Internet das Coisas, Realidade Aumentada e Internet do Corpo.

Em resumo, este estudo nos oferece uma visão panorâmica e detalhada das tendências emergentes. E, com essa multiplicidade de perspectivas, podemos construir cenários futuros mais robustos e inovadores.

Ainda dentro do cenário europeu, surge uma iniciativa promissora: as missões da UE4, parte integrante do programa Horizonte Europa para 2021-2027. Estas missões são a resposta da Comissão Europeia para acelerar a transição verde e impulsionar inovações na saúde, focando em cinco áreas-chave. Contudo, é interessante notar que elas não abarcam todos os setores políticos da UE ou as grandes áreas do EIC. Assim, 40% das tendências identificadas não se alinham diretamente a uma missão. Mas, dada a visão futurista das missões, é vital entender essas conexões para orientar as políticas da CE.

Quando falamos de saúde, a missão de combate ao Câncer se destaca. Isso não é apenas porque as fontes indicam essa direção, mas também porque muitas inovações em biotecnologia e tecnologia digital têm o potencial de revolucionar os tratamentos para o câncer e outras doenças.

Aqui vai um resumo das tendências por missão:

  • Adaptação às Mudanças Climáticas: 41 tendências.
  • Câncer: 20 tendências.
  • Restaurar nossos Oceanos e Águas até 2030: 11 tendências.
  • 100 Cidades Neutras em Carbono e Inteligentes até 2030: 17 tendências.
  • Um Acordo de Solo para a Europa: 13 tendências.
  • Fora do escopo de uma missão específica: 41 tendências.

Estas tendências são um reflexo do que o futuro reserva para a Europa. Mas, e as nossas empresas? Como podemos nos beneficiar dessas informações? Bem, é exatamente essa metodologia que aplico quando ajudo empresas a visualizar cenários futuros e a traçar estratégias vencedoras.

Então, preparados para embarcar nesta jornada rumo ao futuro e definir o rumo de suas organizações? Vamos juntos nessa aventura!

📈 Futurismo Aplicado nos Negócios: Navegando pelos Mares do Amanhã

Já imaginou se tivéssemos uma bola de cristal para prever o futuro? Fascinante, certo? Mas, e se eu lhe disser que temos algo ainda mais poderoso à nossa disposição? Apresento-lhes o Futurismo (ou Foresight) – a nossa bússola para navegar pelos mares incertos do amanhã.

🔮O Futurismo não é mera adivinhação. É uma abordagem estratégica que nos permite entender, antecipar e moldar o futuro. Ao invés de simplesmente reagir às mudanças, empresas equipadas com essa ferramenta podem se antecipar e liderar transformações.

No turbulento oceano do mundo BANI, a capacidade de se adaptar e inovar é mais do que essencial; é uma questão de sobrevivência. E enquanto previsões são como mapas estáticos, a perspectiva estratégica que as metodologias de Futurismo trazem, é o nosso GPS, atualizando-se constantemente e oferecendo rotas alternativas.

📊Os Pilares do Futurismo

  1. Análise de Tendências: É o nosso radar, captando sinais do que está emergindo no horizonte.
  2. Criação de Cenários: Aqui, imaginamos diferentes rotas e destinos possíveis.
  3. Definição de Visões e Objetivos: Estabelecemos nosso destino desejado.
  4. Estratégia e Ação: Planejamos nossa jornada e ajustamos as velas.

E que tal você conhecer um roteiro básico de como aplicar o Futurismo? Segue a receita:

  1. Coleta de Dados: Como pescadores, lançamos nossas redes para coletar informações.
  2. Identificação de Tendências: Separamos os peixes dos detritos, identificando tendências valiosas.
  3. Elaboração de Cenários : Com base nas tendências, imaginamos diferentes éguas e climas.
  4. Traçar Metas : Definimos nosso porto seguro.
  5. Estratégia e Navegação : Com tudo em mãos, traçamos a melhor rota.

Navegar pelo Futurismo tem seus desafios, como tempestades de informações e correntezas de incertezas. Mas, com a bússola certa e práticas bem definidas, podemos navegar com segurança e eficácia.

Empresas ao redor do mundo já estão navegando com sucesso usando o Futurismo. Tomemos como exemplo a Stora Enso, que, ao perceber uma mudança de ventos no mercado de papel, ajustou suas velas e buscou novos horizontes.

🌊 A Metodologia das 3 Ondas: Navegando com Precisão

E falei tanto em navegação, que acabou na metodologia chamada “3 Ondas” …rs…Tudo começa com um “porto inicial”, uma empresa ou setor que serve como referência. A partir daí, identificamos “correntes do futuro” e as categorizamos em três ondas, representando diferentes níveis de inovação e influência. O objetivo? Ter uma navegação precisa, adaptável e visionária.

🎯 Conclusão: Rumo ao Horizonte

Ao longo das próximas semanas, mergulharemos mais profundamente em cada sinal e tendência que delineia o futuro, explorando áreas como “Digital&Indústria”, “Verde” e “Saúde”. Será uma viagem repleta de descobertas e insights. Então, ajuste suas velas e junte-se a nós nessa aventura rumo ao desconhecido. Até breve!

Nas próximas 3 semanas, explorarei com você cada um dos 106 sinais e tendências indicados aqui organizados por “Digital&Indústria”, “Verde” e “Saúde”. Tenho certeza de que você irá gostar, porque complementará a teoria de hoje com um resumo do que é cada um dos sinais e tendências. Vale a pena! Bora lá?

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Renato Grau

Engenheiro, futurista e especialista em Transformação Digital

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